Todo iniciante começa pelo material que vem junto ao baralho e as vezes já com alguns livros caso tenha recebido de alguém algumas sugestões.

Um ponto importante é verificar se o livro e o baralho possuem a mesma linguagem, como foi dito no texto anterior, nos dias atuais existem muitos autores e por muitas vezes você irá encontrar algumas divergências. Esse é um dos pontos que pode prejudicar o inicio dos seus estudos, pois um livro diz uma coisa e outro dá um significado diferente.

Quando foi sugerido a escolha de um Tarô Clássico, era justamente para diminuir um pouco essas divergências.

Você irá encontrar textos mais focados em simbologia e arquétipos, outros em numerologia, alfabeto hebraico, astrologia ou a mistura de tudo isso. Alguns irão reforçar a importância da intuição, enquanto outros um aspecto mais racional, porém extremos nunca serão saudáveis ao longo prazo.

É nesse ponto que irei colocar o meu ponto de vista em relação a tudo isso e como eu, Marcelo Menezes, entendo como uma forma didática para aprender.

O Tarô é feito de símbolos, a linguagem do nosso inconsciente, a estrutura que constrói nossos sonhos, que extrapolaram os limites da consciência e encontraram nos Arcanos uma maneira de se manifestarem mantendo sua capacidade de abrir portas para algo mais profundo e significativo que só é possível ser encontrado em nós mesmos. Portal e espelho, uma ponte entre a realidade e nossa essência.

Partindo dessa minha visão, o estudo do Tarô é a partir de seus símbolos, pois são chaves para aspectos cada vez mais profundos que fazem parte de nossa psique. Ao ler as cartas do Tarô, olhamos para suas lâminas, através delas nos deparamos com os símbolos que se tornam chaves  para sua interpretação e que abrem portas para que possamos fazer conexões que de outra forma permaneceriam sob o véu da ignorância.